Investigação de tendência a tromboembolismo venoso; detecção de estados de hipercoagulabilidade; monitoramento de resposta a heparina. A antitrombina III é um dos principais inibidores dos fatores de coagulação ativados. Sua deficiência (herdada ou adquirida) quantitativa ou funcional está associada com risco aumentado de tromboembolismo venoso. Pacientes com níveis baixos de ATIII são geralmente resistentes ao uso de heparina. A antitrombina III inativa a trombina e os fatores IXa, Xa, XIa, XIIa. Sua atividade é amplificada pela heparina. A deficiência de ATIII ocorre em cerca de 1/5000 pessoas. O risco de tromboses aumenta de 0,1% em pessoas normais a 55-70% em pacientes com deficiência quantitativa ou qualitativa de ATIII, herdada ou adquirida. Valores aumentados: casos de inflamação aguda (ATIII é um marcador de fase aguda), hiperglobulinemia, uso de anticoagulação com cumarínicos. Valores diminuídos: deficiência familiar hereditária (autossômica dominante, com valores em torno de 40-60% do normal), doença hepática crônica, cirrose hepática, síndrome nefrótica, doenças com má nutrição protéica, terapia com heparina após o terceiro dia, terapia com l-asparaginase, doença trombótica ativa, coagulação intravascular disseminada, uso de contraceptivos orais, gravidez, recém-natos, leucemia aguda, carcinomas, queimaduras, trauma pós-cirúrgico, doença renal e sepse.